terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Intercâmbios apostam na maturidade

por Luiz Beltramim para o Jornal da Cidade, Bauru-SP.

Viajar para outro país e se hospedar na casa de uma família estrangeira para estudar no Exterior não é mais exclusividade de estudantes adolescentes. Com uma vastidão de pacotes voltados para todos os gêneros e bolsos, os programas de intercâmbio focados em um público mais maduro são cada vez mais procurados.

Sedentos por conhecer idioma e costumes estrangeiros, às vezes até mais que os tradicionais intercambistas colegiais, os viajantes dessa geração mais experiente querem enriquecer a bagagem cultural, mas de uma forma diferente da habitual empolgação teen.

Se a falta de oportunidade nos anos de colegial agregada à correria diária nos tempos pós-faculdade são empecilhos para que muitos se aventurem a deixar o país em busca de conhecimento, os novos programas de agência dão a contrapartida com cursos mais rápidos, porém intensivos, agregados ao rico contato com os costumes do país escolhido.

Os pacotes voltados ao público mais maduro são vastos e podem incluir destinos que saem do roteiro tradicional, como a ilha de Malta (no Mar Mediterrâneo, próxima à Sicília), Índia, Peru (curso em Cusco, com tour pelas ruínas de Machu Picchu), entre outros.

Victor Dias, supervisor de marketing e vendas de uma agência paulistana que oferece pacote específico para intercambistas com mais de 50 anos, afirma que o diferencial desses pacotes é o oferecimento de cursos de idiomas aliados a conteúdo cultural. “Em Roma, por exemplo, eles frequentam aulas de italiano e história da arte”, detalha. Os custos variam entre US$ 1.200 e US$ 1.700, em viagens que, comenta Dias, não duram mais que duas semanas.

Aventura

E quem não frequenta os bancos do colegial há mais de uma década, mas está longe da aposentadoria, também pode estudar fora do País. É o caso da advogada Adriana Zapata, de 38 anos, que realizou o antigo sonho de afiar o inglês no berço do idioma.

Ao desembarcar no Reino Unido durante o auge do inverno, a advogada, moradora de Ibitinga (80 quilômetros de Bauru), foi surpreendida, segundo ela, pela própria inexperiência em viagens nesses moldes. “Cheguei em janeiro, com temperaturas que batiam na casa dos sete graus negativos”, detalha. “Tenho rinite alérgica e viajei sem o remédio. Nada que eu tomava lá adiantava”, relata.

Devido às crises, ela conta que foi obrigada a abreviar sua estadia em Dublin, onde ficou menos de um mês. “Retornei ao Brasil porque não consegui aguentar (as crises de rinite). Mas o país é lindo, vale a pena”, recomenda.

Em 2009, contudo, a advogada fez novamente as malas e embarcou em uma nova etapa de estudos da língua inglesa, desta vez, na Inglaterra. “Estudei 30 dias em Londres, para onde fiz questão de ir por causa da cultura”, justifica a advogada, que pretende voltar à Inglaterra neste ano. “Precisei voltar pelos compromissos que tenho com trabalho. Mas, na próxima viagem, quero ficar seis meses”, antecipa.

Para a próxima jornada, Adriana frisa que embarca com visto que dá direito a exercer atividade remunerada na Europa. Apesar disso, ela ressalva que seu objetivo é o estudo aprofundado da língua inglesa.

“Vou com o dinheiro suficiente exigido pela imigração (800 libras), mas com o direito de trabalhar”, detalha a advogada, que se considera no estágio da vida mais adequado a um programa de intercâmbio. “Acho que na minha idade é quando se aproveita mais de uma viagem para estudos, principalmente no sentido cultural e intelectual”, avalia.

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Laura Forrer Garcia
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