quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Pé-de-meia atrai novos viajantes

por Luiz Beltramin, para o Jornal da Cidade - Bauru/SP

A oportunidade de ter contato com uma cultura diferente é sempre valiosa. Aliada ainda ao fato de engordar o currículo profissional e garantir fluência em outro idioma, ela fica ainda mais convidativa. Mas, com a possibilidade do viajante ainda ganhar uns trocados em moeda estrangeira, a chance se torna tentadora, principalmente para quem quer ficar rico em conhecimento.


Por conta desse contexto, programas de intercâmbio que encaminham estudantes para estágios e até mesmo trabalho no Exterior têm mudado o perfil de seus programas de intercâmbio. Antes focado praticamente em adolescentes matriculados no ensino médio e com viagens para fins meramente escolares, agora investem nos jovens mais maduros.

Apesar de algumas diferenças, os pacotes que conjugam cursos e atividades remuneradas se assemelham com o intercâmbio tradicional. Entre os aspectos parecidos, está o fato do intercambista poder se hospedar na residência de uma família (host family), além de ter ao menos uma refeição garantida na tarifa desembolsada ainda no País, no momento em que contratou o programa junto à agência especializada.

Em alguns casos, o trabalho já é assegurado antes mesmo do embarque. Foi assim com o bauruense Bruno Lucon, de 21 anos. Então formando no curso de ciências contábeis, ele embarcou para os Estados Unidos, para trabalhar numa estação de esqui na cidade de Charlemont, no Estado de Massachusetts. Para tanto, obteve um visto especial de universitário, com duração de quatro meses.

“Trabalhei como ‘lift operator’, que são os operadores daquelas cadeirinhas (teleféricos) que levam as pessoas para esquiar”, descreve Bruno, que recomenda a experiência. “Compensa financeiramente”, atesta. “Mas é bem pesado, cheguei a trabalhar entre 50 e 55 horas por semana”, pondera Bruno, que ficou três meses no Exterior. “Voltei com US$ 2.300,00. Isso porque comprei muita coisa. Se meu objetivo fosse realmente juntar dinheiro voltaria com muito mais, mesmo porque, quando viajei, a crise estava no auge. Agora deve estar muito melhor”, incentiva. “Fui mais para aprimorar o idioma e pela cultura”, completa.

Contudo, frisa o bauruense, o postulante a um emprego temporário no Exterior não pode contar apenas com o trabalho para se manter, principalmente logo após desembarcar em terras estrangeiras. “Quando se chega, é necessário obter o social security, uma espécie de CPF deles”, compara. “Por isso é importante uma reserva, já que leva mais ou menos um mês para a expedição do documento, sem o qual não se pode trabalhar”, orienta o jovem. Juntado o dinheiro para as primeiras semanas, despesas com visto, hospedagem e passagem aérea, estima ter investido, aproximadamente, R$ 5 mil na experiência.

Outra exigência, acrescenta, é bom desempenho em entrevista, feita em embaixada ou consulado norte-americano ainda no Brasil. O questionário é feito em inglês. Quanto ao visto, aconselha, é bom checar entre as agências qual propicia o maior acompanhamento para o trâmite burocrático. “No meu caso, a agência fez todo o meio de campo”, enfatiza.
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Laura Forrer Garcia
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